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Como e Por que Fazer um Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira

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Planilha de Estudo de Viabilidade Econômica
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O estudo de viabilidade econômica e financeira é a parte final do planejamento de um negócio, na qual é mensurada a viabilidade do mesmo através de indicadores financeiros. O resultado dependerá do investimento inicial estimado.

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Como fazer um plano de negócios?
Como fazer um plano financeiro?

Quando fazer: Um estudo de viabilidade econômica e financeira (EVE ou EVET) deve ser realizado sempre que um novo projeto esteja em fase de avaliação. Esse projeto pode ser tanto a expansão do seu negócio quanto a própria abertura da empresa.

Por que fazer: O grande benefício desse tipo de análise é conseguir visualizar através de projeções e números, o real potencial de retorno do investimento em questão e, portanto, decidir se as premissas estão interessantes e se o projeto deve ir adiante ou não.

Como fazer: Existem várias etapas para realizar um bom estudo de viabilidade econômica, portanto vamos por partes.

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Planilha de Estudo de Viabilidade Econômica

a) Projeção de Receitas

Não existe um ordem específica de preenchimento dos dados para um estudo de viabilidade, mas sugerimos que inicie-se pela projeção de receita. O prazo de projeção varia de projeto para projeto de acordo com a expectativa de retorno. Ou seja, se você vai abrir uma lanchonete, provavelmente um horizonte de 3 a 5 anos seja suficiente. Já projetos maiores como uma construção de uma hidrelétrica, normalmente tem horizontes de décadas, pois o retorno é de maior prazo.

Projeção de Receitas e Custos - Como Projetar Gastos no seu Estudo de Viabilidade Econômica

Nesse momento, o importante é conseguir fazer aproximações do tamanho do público-alvo, com premissas de conversões baseadas em dados históricos ou comparativos de mercado. Em casos que nenhuma opção é possível, deve-se fazer o cálculo inverso começando pelos custos já previstos e a receita necessária para obter uma taxa de retorno atrativa.

Outro ponto importante, é estimar a taxa de crescimento do negócio ao longo do tempo, visto que a receita não começa nem se mantém no mesmo patamar.

Exemplo:

Vamos dizer que o seu público-alvo são os moradores do bairro. Sabe-se através de informações e pesquisas feitas pela prefeitura da cidade que o bairro em questão possui 100.000 moradores. No entanto, o seu serviço é focado apenas para mulheres e esse número cai para 45.000.

Portanto, se a conversão de clientes esperada for de 10% ao mês, você terá um público de 4.500 clientes. Se o ticket médio (gasto médio por cliente), for de R$20,00, você poderá faturar até R$90.000,00. Se esse for o maior faturamento possível do seu negócio, provavelmente você não começará ganhando isso no primeiro mês e deve projetar o crescimento desde a abertura até chegar nesse patamar.

Como e Por que Fazer um Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira

b) Projeção de Custos e Investimentos

Da mesma forma que foram projetadas as receitas ao longo do tempo, você deve levantar os investimentos necessários para iniciar o negócio e também os custos operacionais do negócio para funcionar normalmente. Isso inclui de maneira simplificada:

– Custos Fixos: Aqueles que são recorrentes e previsíveis como aluguel, salários, luz.

– Custos Variáveis: Aqueles que variam de acordo com a produção e as vendas como comissões, taxas.

– Impostos: Caso a empresa ainda não esteja aberta, é importante ver com o contador qual seria a classificação do novo empreendimento.

O importante nessa etapa é conseguir os orçamentos mais realistas possíveis em contato direto com fornecedores ou fazendo pesquisas on-line.

Projeção de Despesas Fixas - Como projetar gastos no seu estudo de viabilidade econômica

c) Análise de Indicadores

Nas etapas anteriores, pode-se até encontrar alguns problemas no modelo de negócio e precisar ajeitar refazer as premissas financeiras e as projeções. No entanto, o real benefício do estudo de viabilidade econômica são os indicadores finais:

Valor Presente Líquido (VPL): Esse indicador aponta quanto o fluxo de caixa livre acumulado da sua projeção total valeria hoje em dia. Para chegar a esse valor, deve-se descontar o custo de capital (também conhecido como taxa de desconto ou WACC). Esse valor deve ser basicamente comparado com o capital investido para saber se o projeto/empresa gerou mais capital do que foi investido. Por exemplo, se você investiu R$50.000,00 e seu VPL for de R$45.000,00, esse investimento não valeu a pena. Apesar do fluxo financeiro ter sido positivo ao longo do tempo, economicamente o resultado foi negativo.

Taxa Interna de Retorno (TIR): A TIR indicada a taxa de retorno do investimento utilizando o mesmo fluxo de caixa livre acumulado do VPL. A diferença é que enquanto o VPL oferecer um indicador absoluto e em moeda, a TIR oferece uma visão de retorno percentual que pode ser mais facilmente comparada à outros investimentos. Ou seja, se a sua TIR for de 0,2% ao mês e a poupança estiver pagando 0,5% ao mês, a decisão matemática deve ser não investir do projeto/empresa e guardar esse dinheiro no banco.

Payback (retorno de capital): O Paypack indica o momento no qual o projeto já gerou a mesma quantidade de caixa que gastou no início do projeto. Em outras palavras, é o período (mês ou ano) no qual o fluxo de caixa livre acumulado deixou de ser negativo para positivo. Assim, você sabe quantos meses terá que esperar para ter o seu dinheiro investido de volta. Esse cálculo pode ser feito descontando ou não o custo de capital. Normalmente, opta-se por não descontar, pois o cálculo é mais simples e a variação é pouca em projetos menores.

indicadores de viabilidade economica - viabilidade geral

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